domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que perguntar ao Prefeito de Vila Velha/ES - Neucimar Fraga

Caros,

o Jornal A Gazeta abriu espaço para que se fizesse perguntas ao Prefeito de Vila Velha/ES:

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/02/784734-o+que+voce+gostaria+de+perguntar+ao+prefeito+de+vila+velha+participe.html

Lá vão as minhas:

Vila Velha retrocedeu cerca de 50 anos, quando se fala em Administração Municipal.
- O Prefeito é incomunicável e não atende a população;
- A educação está abandonada, as escolas estão sucateadas e a verba federal não está sendo usada corretamente (faltam profissionais, merenda e segurança);
- A saúde está abandonada e a verba federal não está sendo usada corretamente (faltam Postos e profissionais);
- Os cargos comissionados triplicaram e são manipulados em benefício dos acordos políticos;
- O orçamento participativo, sem participação, cerca de 2 anos e pouco do início da gestão, começa a ser discutido com a população, já informando que não poderá fazer milagres;
- Todas as secretarias estão mal administradas e não cumprem bem seu papel, ficando à mercê de secretários indicados por partidos políticos que apoiaram a eleição do Prefeito e nem se dão ao trabalho de esconder que sua finalidade é ganhar o rico salário ao final de cada mês. Isso, além de nomeados em cargos comissionados que deixam muito a desejar. Não adiantam as reclamações, as besteiras são feitas e ninguém, isso mesmo, ninguém consegue arrancá-los de seus cargos;
- A Cultura, o pior caso de todos, retrocedeu 100 anos:
- A Cultura nem constava do projeto de governo do atual Prefeito, deixando claro que não se entende o que é cultura;
- A visão de que o Conselho de cultura é inimigo e não parceiro, não permite sequer uma audiência digna com o Prefeito;
- O dinheiro gasto em eventos (com shows caríssimos para o nosso parco orçamento e propostas irrisórias para o Artista da Terra), deveria estar sendo investido em fomento cultural e cumprindo o seu papel de formador da identidade do povo canela verde. Indo na contramão, prova-se que não se conhece a diferença entre fomento cultural e evento;
- Todos os aparelhos culturais (teatro, galeria, museu, casa da memória, casa da cultura e biblioteca) estão sucateados e sem administração condizente. Os que têm bons administradores, não têm respaldo da administração municipal;
- Todos os projetos culturais que já estavam consolidados (3ª Brasil, Chorinhos nos bairros, Arte e Cultura nos bairros, Capoeira nos bairros, Concertos na Vila, Sarau Domingo DiVersus, Dançando pela Cidade e outros), foram cancelados sem justificativa;
- A Lei Vila Velha Cultura e Arte, única atividade de fomento cultural que resiste (por força de Lei) e tem sido tomada como exemplo devido à seriedade e imparcialidade com que o Conselho Municipal de Cultura e a Coordenação Executiva da mesma, têm procurado administrá-la, vem sendo minada aos poucos com a redução gradativa de sua verba e com toda a Administração tentando dificultá-la ao máximo, principalmente a Secretaria de Finanças, que emperra todo o processo e se recusa a discuti-lo e melhorá-lo;
- Os acenos para a criação do Fundo Municipal de Cultura, começam a virar bandeira da Administração, mas o Fundo não é mais uma iniciativa, é obrigação, para que o Município consiga verbas estaduais e federais, senão fica a seco;
- A Casa da Cultura, inativa, abriga agora um posto policial e já se fala em sua desativação, a fim de abrigar um posto de saúde;
- A Casa dos Conselhos, que não atende a todos os Conselhos igualitariamente, até hoje não está legalizada e não tem sequer um Regimento Interno;
- O PAC do Patrimônio Histórico, tão decantado, caminha a duras penas e já estaria perdido, não fossem os esforços de uma funcionária que tira dinheiro do bolso para conseguir participar e sonhar com sua concretização;
- A reforma do Teatro Municipal, usada como bandeira pela administração, perdeu prazos, atrasou projetos, mudou de fonte e corre o risco de não acontecer;
- O Convênio com a Academia de Letras Humberto de Campos, após 2 anos, ainda não foi renovado e nem se sabe se será, deixando esta Casa de Letras órfã da administração municipal;
Por estas e outras que nem ouso descrever aqui, de tão escabrosas, é que o Prefeito e a Administração estão sendo desaprovados pela população, em todas as classes sociais. Sabemos que os investimentos que estão sendo feitos em obras, paisagismo e outras coisinhas, são verbas Estaduais e Federais. Aliás, este é o programa deste governo, buscar recursos no Estado e na União e aplicá-lo sem discutir com a população, se prestando ao papel de fazer manobras políticas para enganá-la.
Depois do exposto acima, as únicas perguntas que me vêm à cabeça são:

Sr. Prefeito:

1) Após exercer os cargos de Vereador e Deputado Federal, era isso que o Senhor sonhava fazer por Vila Velha? Foi para isso que se elegeu?

2) O que o Senhor quer da Cultura de Vila Velha? Como o Senhor vê o papel da Cultura em sua Gestão? Qual a razão de seu plano de governo não contemplar a Cultura e, qual a razão desta recusa em discuti-la e torná-la realidade?

3) O Senhor disse que “... seu Governo não investiria em propaganda, mostraria seu trabalho através das execuções...”. Qual a razão de agora dizer que “... houve falta de comunicação e o que está se fazendo precisa ser mostrado...”?

4) Será que não está na hora de fazer mudanças no seu Secretariado? O Senhor confia nos Secretários que não indicou e que vieram através dos conchavos políticos?

5) A população e as Entidades Constituídas, sempre se dispuseram a colaborar com a Administração, desde que fossem respeitadas. É inteligente deixa-los de lado? Não seria mais sábio unir forças por uma Vila Velha melhor?

6) Estou curioso, o que me espera após esta explanação?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Às vezes tudo parece perdido... Mas há sempre uma solução escondida!

À BEIRA DO COLAPSO
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)


As coisas que quero dizer
Estão entaladas na garganta
Estão amarradas na desesperança

As coisas que quero sentir
Estão presas no coração
Estão acorrentadas na insegurança

As coisas que quero fazer
Estão esmagadas no sonho
Estão pregadas na insensatez

As coisas que quero mostrar
Estão ardentes no prazer
Estão salientes no bem querer

As coisas que quero viver
Estão perdidas no espaço,
No vácuo do meu sonho alucinado