Pois então, enquanto o Domingo DiVersus (Sarau Poético) é cancelado após três anos, por falta de apoio e enquanto buscamos patrocínio privado, a Poesia continua a nortear minha vida, feito ponteiro de bússola.
Hoje entendo o surgimento do Terceiro Setor e a sua importância social, na contramão do desperdício e mau uso do dinheiro público.
Hoje ratifico que a Poesia é minha arma...
JUSTIFICATIVA PARA UM AMANTE EVENTUAL
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Faltam-me seus braços
Nos abraços que me acalentam
Nos amassos que me desorientam
Falta-me sua boca
Nos beijos que me revelam
Nas línguas que me liberam
Faltam-me seus dedos
Nos toques que me desalinham
Nas mãos que me acariciam
Faltam-me suas coxas
Nos encaixes que me alucinam
Nas pernas que me dominam
Falta-me seu prazer
No coração que palpita
Na respiração desmedida
No êxtase descomunal
De um amante eventual
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Cancelamento do Domingo DiVersus
Mais uma vez estamos cancelando a próxima edição do Domingo DiVersus, uma vez que estamos (Horacio e Giseli) descapitalizados.
Difícil manter um evento deste porte, sem patrocínio e sem apoio.
Estamos já há um (01) ano tentando patrocínio via PMVV sem sucesso e, mantê-lo somente com iluminação e sonorização fica bastante dispendioso para nós, além de desestimulante.
Temos consciência que promover a Cultura é uma luta árdua que exige investimento e seu retorno é imaterial, já que os bens e serviços culturais estão vinculados a informação, a universos simbólicos, a modos de vida e a identidades, fazendo com que seu consumo alcance entretenimento, informação, educação e comportamento.
Quem investe em Cultura sabe disso e sabe quão importante é o seu retorno, um retorno mais profundo e mais transformador que a promoção de Eventos.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é criar aparelhos Culturais que cumpram o seu papel de Fomentadores, sem abandonar à própria sorte os já existentes.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é valorizar o Artista da terra e sua obra, sem deixar que ela se perca e seja literalmente destruída.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é incentivar as iniciativas positivas em favor da Arte e os seus reflexos no futuro do cidadão.
Quem investe em Cultura sabe quão ignorante é não investir em Cultura.
Então ficamos assim, quando conseguirmos um real investidor em Cultura, retornamos com nosso trabalho, seja ele onde for, sem esquecer de todos os poetas, músicos, artistas plásticos, atores, diretores, bailarinos e, principalmente, os espectadores que fizeram do Domingo DiVersus, um evento inesquecível na Cultura de Vila Velha. Estes sim, são os reais incentivadores da Cultura.
Fica aqui o nosso agradecimento.
Horacio Xavier & Giseli Suave
Difícil manter um evento deste porte, sem patrocínio e sem apoio.
Estamos já há um (01) ano tentando patrocínio via PMVV sem sucesso e, mantê-lo somente com iluminação e sonorização fica bastante dispendioso para nós, além de desestimulante.
Temos consciência que promover a Cultura é uma luta árdua que exige investimento e seu retorno é imaterial, já que os bens e serviços culturais estão vinculados a informação, a universos simbólicos, a modos de vida e a identidades, fazendo com que seu consumo alcance entretenimento, informação, educação e comportamento.
Quem investe em Cultura sabe disso e sabe quão importante é o seu retorno, um retorno mais profundo e mais transformador que a promoção de Eventos.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é criar aparelhos Culturais que cumpram o seu papel de Fomentadores, sem abandonar à própria sorte os já existentes.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é valorizar o Artista da terra e sua obra, sem deixar que ela se perca e seja literalmente destruída.
Quem investe em Cultura sabe quão importante é incentivar as iniciativas positivas em favor da Arte e os seus reflexos no futuro do cidadão.
Quem investe em Cultura sabe quão ignorante é não investir em Cultura.
Então ficamos assim, quando conseguirmos um real investidor em Cultura, retornamos com nosso trabalho, seja ele onde for, sem esquecer de todos os poetas, músicos, artistas plásticos, atores, diretores, bailarinos e, principalmente, os espectadores que fizeram do Domingo DiVersus, um evento inesquecível na Cultura de Vila Velha. Estes sim, são os reais incentivadores da Cultura.
Fica aqui o nosso agradecimento.
Horacio Xavier & Giseli Suave
sábado, 13 de fevereiro de 2010
OFERENDA
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Ofereço-te meus braços
Para acalentar teu sono
Ofereço-te meus lábios
Para seduzir teu encanto
Ofereço-te meus desejos
Para alimentar teu fogo
Ofereço-te meus prazeres
Para enfurecer teu gozo
Que penetra e eterniza
Que queima e enrijece nossas partes,
Nossas carnes indecentes
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Ofereço-te meus braços
Para acalentar teu sono
Ofereço-te meus lábios
Para seduzir teu encanto
Ofereço-te meus desejos
Para alimentar teu fogo
Ofereço-te meus prazeres
Para enfurecer teu gozo
Que penetra e eterniza
Que queima e enrijece nossas partes,
Nossas carnes indecentes
SÓ RESTOS
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Nada mais me resta,
A não ser a resposta certa
Que não quer brotar
Nada mais me resta,
A não ser a porta aberta
Para que eu me vá
Nada mais me resta
A não ser a decisão incerta
Dos caminhos que há
Nada mais me resta,
A não ser olhar pela fresta
O choro que virá
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Nada mais me resta,
A não ser a resposta certa
Que não quer brotar
Nada mais me resta,
A não ser a porta aberta
Para que eu me vá
Nada mais me resta
A não ser a decisão incerta
Dos caminhos que há
Nada mais me resta,
A não ser olhar pela fresta
O choro que virá
MEIO GOZO
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Ainda meio assim
Meio sem mim
Meio sem fim
Meio parido de mim
Ainda meio sorriso
Meio sem tino
Meio sem pino
Meio metido em mim
Ainda meio arredio
Meio sem rio
Meio sem cio
Meio comido por mim
Ainda assim meio teso,
Gosto do gosto do gozo
Escapado de mim
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Ainda meio assim
Meio sem mim
Meio sem fim
Meio parido de mim
Ainda meio sorriso
Meio sem tino
Meio sem pino
Meio metido em mim
Ainda meio arredio
Meio sem rio
Meio sem cio
Meio comido por mim
Ainda assim meio teso,
Gosto do gosto do gozo
Escapado de mim
JULGAMENTO
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Atire a pedra
Quem não foi da vida
Quem não abriu ferida
Quem não fechou saída
Atire a pedra
Quem não foi do fel
Quem não bebeu o mel
Quem não rompeu o véu
Atire a pedra
Quem não foi bem fundo
Quem não bateu o punho
Quem não mudou de assunto
Atire a pedra
Quem, em riste, não se fez meter
Quem não se deu prazer
Pra não sentir-se triste
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Atire a pedra
Quem não foi da vida
Quem não abriu ferida
Quem não fechou saída
Atire a pedra
Quem não foi do fel
Quem não bebeu o mel
Quem não rompeu o véu
Atire a pedra
Quem não foi bem fundo
Quem não bateu o punho
Quem não mudou de assunto
Atire a pedra
Quem, em riste, não se fez meter
Quem não se deu prazer
Pra não sentir-se triste
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
ENQUANTO A MORTE NÃO VEM
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Não preciso saber de nada
Quero verbalizar o que era mudo
Para desfazer minha cara amarrada
Até sugar do amor, o sumo
Não preciso enganar meu corpo
Quero o amor que me enrubesce
Para me entupir de prazer e gozo
Até que a morte me leve
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Não preciso saber de nada
Quero verbalizar o que era mudo
Para desfazer minha cara amarrada
Até sugar do amor, o sumo
Não preciso enganar meu corpo
Quero o amor que me enrubesce
Para me entupir de prazer e gozo
Até que a morte me leve
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Síndrome de Luísa
Hoje acordei com saudade de Luísa. Saudade de sua voz ímpar, encantadora. Saudade de seu sorriso único, transparente.
Quem já viu e ouviu, Luísa Nogueira Campos, sabe do que estou falando.
Por enquanto, não posso vê-la pessoalmente, ela está cantando e encantando as noites cariocas.
Ainda tenho esperança de que a vida será como é a voz de Luísa, acalentadora.
SÍNDROME DE LUÍSA
(Para Luísa Nogueira Campos)
Quero sentir o sorriso de Luísa
Qual flor que germina
Qual beleza incontida
Quero tocar o brilho de Luísa
Qual estrela que iluminha
Qual luz que alucina
Quero ver a beleza de Luísa
Qual por do sol que hipnotiza
Qual manhã com chuva fina
Quando o ocaso for açoite
Levando o dia a virar noite
Quero a voz de Luísa
Qual furacão exalando brisa
Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Quem já viu e ouviu, Luísa Nogueira Campos, sabe do que estou falando.
Por enquanto, não posso vê-la pessoalmente, ela está cantando e encantando as noites cariocas.
Ainda tenho esperança de que a vida será como é a voz de Luísa, acalentadora.
SÍNDROME DE LUÍSA
(Para Luísa Nogueira Campos)
Quero sentir o sorriso de Luísa
Qual flor que germina
Qual beleza incontida
Quero tocar o brilho de Luísa
Qual estrela que iluminha
Qual luz que alucina
Quero ver a beleza de Luísa
Qual por do sol que hipnotiza
Qual manhã com chuva fina
Quando o ocaso for açoite
Levando o dia a virar noite
Quero a voz de Luísa
Qual furacão exalando brisa
Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Teimosia do Tempo
Lá se vai mais um tempo
Mesmo que não queira
Mesmo que sem eira
À beira de um catavento
Lá se vai mais uma era
Mesmo que não goste
Mesmo que o bolso
Esteja furado e sem cobre
Lá se vai mais um amor
Mesmo que não avise
Mesmo que o coração sangre
Até deixar de ser triste
Mesmo que não queira
Mesmo que sem eira
À beira de um catavento
Lá se vai mais uma era
Mesmo que não goste
Mesmo que o bolso
Esteja furado e sem cobre
Lá se vai mais um amor
Mesmo que não avise
Mesmo que o coração sangre
Até deixar de ser triste
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