Tira o pano da cara.
Quero ver a cara nua
Amassada pelo ressentimento
Chorando num lamento
A perda que foi só tua
Tira o pano da cara.
Quero ver o coração aberto
Adoçado pela redescoberta
De um outro homem
Tira o pano da cara.
Mostra tua cara limpa
Renovada, remoçada, reamada
Por outra e outra descoberta
Tira o pano da cara.
E depois do pano
Busca tua porção de amor
Na tua, só tua cara
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Indignação
Inacreditável que, em pleno século 21 numa "feira do livro", uma escritora que fazia uma performance independente (fora da feira), seja arrastada pela polícia por "perturbação da ordem". Onde está a liberdade de expressão?
Me pergunto onde chegaremos se os Artistas, externadores dos sentimentos, forem obrigados a se calar...
Telma Scherer, a protagonista desta história, perdeu toda sua estrutura (moradia e local para trabalhar) pq no Brasil, não se consegue sobreviver de Literatura e, ao transformar esta situação na performance poética "Não alimente o escritor", levantando questionamentos sobre "...a visão reducionista da literatura, que transforma leitores em consumidores padronizados e valoriza apenas a compra e venda de produtos (os livros) sem abordar a questão central: seus conteúdos, a pressão que sobre estes exerce o sistema literário e a invisibilidade do processo criativo..." foi literalmente calada (nem levou-se em conta que a escritora foi atração nas três edições anteriores desta mesma feira).
Isto aconteceu em Porto Alegre, imagine o que pode acontecer em Vila Velha/ES, onde não se tem nem uma "política cultural"...
O acontecimento: http://www.youtube.com/watch?v=C20SQnXgMr8
A escritora: http://telmascherer.blogspot.com/
Me pergunto onde chegaremos se os Artistas, externadores dos sentimentos, forem obrigados a se calar...
Telma Scherer, a protagonista desta história, perdeu toda sua estrutura (moradia e local para trabalhar) pq no Brasil, não se consegue sobreviver de Literatura e, ao transformar esta situação na performance poética "Não alimente o escritor", levantando questionamentos sobre "...a visão reducionista da literatura, que transforma leitores em consumidores padronizados e valoriza apenas a compra e venda de produtos (os livros) sem abordar a questão central: seus conteúdos, a pressão que sobre estes exerce o sistema literário e a invisibilidade do processo criativo..." foi literalmente calada (nem levou-se em conta que a escritora foi atração nas três edições anteriores desta mesma feira).
Isto aconteceu em Porto Alegre, imagine o que pode acontecer em Vila Velha/ES, onde não se tem nem uma "política cultural"...
O acontecimento: http://www.youtube.com/watch?v=C20SQnXgMr8
A escritora: http://telmascherer.blogspot.com/
terça-feira, 2 de novembro de 2010
E os caminhos vão se abrindo, com a benção dos Orixás...
Começando a buscar novos caminhos para que possamos continuar (ou voltar) a fazer Cultura da boa em Vila Velha/ES. Perdemos tudo que tínhamos e precisamos fazer alguma coisa, chega de aceitar promessas e promessas e promessas.
Hoje estou muito feliz, depois de uma parceria carinhosa com Barbosa Lima, um presente para Rafael (filho de Mary Bachour & Beto Sarcinelli), mais uma música saindo do forno, agora em parceria com Andra Valladares. De uma sensibilidade assustadora, ela acasalou uma melodia que era exatamente o que eu esperava para os versos que fiz. Brevemente postarei as duas por aqui, por alí e por todo lugar. Merecem ser ouvidas e sentidas.
Para não perder o hábito, os dizeres continuam a eclodir de mim:
CATARSE DO PRAZER
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Mando às favas o bom senso
Busco o aroma do incenso
Busco a excitação a que sou propenso
Mando às favas a educação
Quero o cheiro do manjericão
Quero o prazer que me chama atenção
Mando às favas a simpatia
Estou afim da heresia
Estou afim do desejo e da magia
Não quero mais promessa
Chega de conversa
Quero o amor que me resta
No corpo do homem que me interessa
Hoje estou muito feliz, depois de uma parceria carinhosa com Barbosa Lima, um presente para Rafael (filho de Mary Bachour & Beto Sarcinelli), mais uma música saindo do forno, agora em parceria com Andra Valladares. De uma sensibilidade assustadora, ela acasalou uma melodia que era exatamente o que eu esperava para os versos que fiz. Brevemente postarei as duas por aqui, por alí e por todo lugar. Merecem ser ouvidas e sentidas.
Para não perder o hábito, os dizeres continuam a eclodir de mim:
CATARSE DO PRAZER
(Horacio Xavier - © Todos os direitos reservados)
Mando às favas o bom senso
Busco o aroma do incenso
Busco a excitação a que sou propenso
Mando às favas a educação
Quero o cheiro do manjericão
Quero o prazer que me chama atenção
Mando às favas a simpatia
Estou afim da heresia
Estou afim do desejo e da magia
Não quero mais promessa
Chega de conversa
Quero o amor que me resta
No corpo do homem que me interessa
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