sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PRAZERES PERFEITOS

(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


Com o coração na mão
Espero o momento de pegar-te
De abraçar-te
De beijar-te em profusão

Com o sentimento no corpo
Aguardo o instante de tomar-te
De agarrar-te
Fazer-te meu em exatidão

Com o desejo revelado
Almejo o tempo de segurar-te
De empunhar-te
Ser-te gruta, caverna e perfeição







HOMENS & SEMENTES

(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


Não me fale dos seus prazeres
Dos seus másculos cabelos
Dos seus pelos

Não me fale dos seus deleites
Dos seus masculinos requebres
Dos seus tremores breves

Não me fale dos seus sabores
Dos seus machos beijares
Dos seus arfares

Deixe sua língua umedecer minha nuca
Meu ombro e minhas costas
Enquanto amparo sua semente hominal
Na base da espinha dorsal





ENTRE DELÍRIOS E SOLIDÕES

(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


Cavo os delírios
Que afundam os anseios
No delirar dos devaneios

Planto os encantos
Que desmontam os medos
Nos cantos dos apelos

Rego os sentimentos
Que desconstroem as loucuras
Nas sentidas sombras turvas

Colho, por fim, os desejos
Aqueles que escondem as perdições
As tentações
As excitações
As desejadas maneiras de vencer solidões






À FLOR DA PELE

(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


No declive da mão espalmada
Está a pele
A língua
A tabela de decifrar sentimento desperto

À margem do corpo nu
Está o rumo
O destino
O signo agora redescoberto

À beira do coração receptivo
Está o fixador
O grampeador
O símbolo marcado de afeto

À sombra do peito masculino
Está o aconchego
O conforto
E o sinal de permitir, aberto





SACIEDADE

(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


Pelos cantos onde cantam sentimentos
Percebe-se brotar o amor

Pelos ditos onde ditam carinhos lentos
Sente-se nascer o fulgor

Nas notas que denotam indecência
Observa-se o semear do sonho bom

Nos toques que retocam querência
Assiste-se a colheita de prazer e mansidão
No corpo que protege os mistérios
Os reflexos dos análogos sexos
Fartados
Nos espelhos dos afetos 




Uma vez que dueto é parceria, é troca, é quase uma relação...

O RUIVO QUE UIVA
(Marcos Tavares © Todos os direitos reservados)


Poeta ruivo quando uiva, ou é a raposa ou a uva.




O UIVO DO RUIVO, A RESPOSTA
(Horacio Xavier © Todos os direitos reservados)


Sem preconceito e sem pudor
Não importa se raposa ou uva
Importa sim, que o Ruivo Poeta uiva
E uiva e uiva e uiva
Por prazer ou por amor